segunda-feira, 5 de julho de 2010

Um bilhete.

Era uma noite fria.
Porém, seus pés sempre tão gelados, hoje estavam quentes como nunca estiveram antes.
Alguém fazia dela inspiração e poesia naquela noite.

E a conspiração não parava. O vento deixava-a agitada. Não sabia exatamente o que estava acontecendo, quando foi que deixou de aparecer em sua vida? Há quanto tempo havia se mudado? Quem estava no seu lugar?

Suas dúvidas eram desafiadas por outra pessoa. Mas, quem estava desafiando-a? Sem notar, perdia-se em seus pensamentos. A única coisa que se lembrava, era que seus pés estavam quentes. Alguém morava com ela. Mas, como nunca notou ninguém diferente? Tentava em vão lembrar-se de quanto tempo havia desaparecido. Olhava-se no espelho e pensava intensamente, revirava sua mente a procura de respostas.

Voltou pra cama, frustrada. Surpreendeu-se ao ver um bilhete em um cômodo que dizia: "Bom dia meu amor. Que tal almoçarmos juntos hoje? Te espero no seu restaurante favorito ao meio-dia. Eu te amo"
Espantada, sentou-se. O que mais havia perdido? Foi encontrá-lo pra ver. Não surpreendeu-se ao ver qual era o sorriso que lhe esperava, sentado naquele mesmo banco de anos atrás.

Satisfatoriamente, sorriu, abraçou-o e beijou-o como se nunca o tivesse feito e lhe disse com um sorriso no rosto: "Senti sua falta e também te amo".

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