sábado, 31 de julho de 2010

Solstícios de solidão

Em pensar que não seguia o conselho que sua amiga lhe dava todas as noites.
Em pensar que deixara sua vida de lado por alguns dias, que esquecia-se dela, de vivê-la.
Em pensar que a insanidade batia a sua porta incessantemente, que seus dias contados eram, que seus amigos lhe deixavam.
Em pensar no passado e presente, temeu pelo futuro.
Em pensar na sua rotina, teve medo de quebrá-la.
Em pensar no sol, teve medo de que ele nunca mais brilhasse.
Em pensar na sua vida, teve medo de vivê-la.
Em pensar no medo, fugiu.
Até o dia em que sua fuga, seria outra vida, outra luta, outro amor.

Depois da fuga, veio o refúgio.
Depois da fuga, seus amigos voltaram.
Depois da fuga, reiventou-se.
Depois da fuga, viveu.
Depois da fuga, não sentiu medo.
Depois da fuga, o sol brilhou.
Depois da fuga, o amor brotou.
Depois da fuga, a solidão nunca mais lhe incomodou.

Um comentário:

  1. Sou uma adepta de fugas.
    Mas sou bem desastrada com elas, meter os pés pelas mãos é o perigoso.
    Fica a dica, fazer o certo estando bem com o coração e o que há!

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