quinta-feira, 27 de maio de 2010

Costa Verde




Se já não fosse tarde, eu volta lá
Ia tentar dizer o que esqucei
E apesar de tudo, não é novidade
Enquanto o tempo passa eu espero que
Um dia a gente suba no altar

Pra seguir os nossos trilhos
Ser feliz, ter vários filhos
Um quintal com mini-ramp
E umas plantinhas pra cuidar.

Vamos pra ilha grande em julho
Correr e esquecer de tudo
Ver um mundo mais azul
Pelados na praia do sul.

Me dê a mão, e vamos por aí
Não pense em nada agora
Que já passou da hora
Eu quero tanto te fazer sorrir

Mesmo que seja tarde, vale acreditar
Viver não é só sorte ou azar
Vou te pegar de jeito e com todo o respeito
Até teu ex vai ter que concordar

Daqui eu já consigo imaginar
Que essa é a nossa história
Tudo tem a sua hora
Eu sei que as coisas boas vão chegar se eu esperar

O mundo às vezes é injusto
O lucro é bem menor que o custo
E mesmo sem nenhum real
Vamos ser felizes no final

Me dê a mão, vamos por aí
Não pense em nada agora
Que já passou da hora
Eu quero tanto te fazer sorrir

Me dê a mão, vamos por aí
Não falta muito agora
Que o sol já foi embora
E o teu sorriso é o que me faz sorrir.

- Forfun -

[Foto do show do Forfun em Curitiba, 23/05/2010]

sábado, 22 de maio de 2010

Ou a luz da lua.

Queria poder compatilhar e hoje ela sabia que tinha alguém para isso. Sabia que seu sorriso seria acolhido. Diferentemente de ontem, ou até mesmo muito antes. De todos os sabores e todas as delícias que já havia provado aquele momento parecia para ela tão único e sentia que se quisesse, poderia até parar o tempo.

Sentia inveja da lua, que via tantos amores. Sabia que o seu não poderia ser compartilhado com ela, queria tanto que isso fosse possível. Mais, hoje a sua alegria era tanta que havia até se esquecido disso. Tinha tido outro daqueles sonhos e queria poder gritar para todos que estava prestes a acontecer, só que não poderia.

Sentou-se na janela, ficou a olhar o tempo passar. Viu o nascente e não muito tempo depois o poente. O tempo passava tão rápido para ela, queria poder aproveitá-lo melhor, só não tinha tempo para isso. Achou seu velho diário, decidiu que voltaria a escrever nele de hoje em diante. Depois de algumas horas sentada ali, via o sol dando seu bom dia ao hemisfério sul, haveria ela ficado durante um dia sentada ou estava sonhando? Não sentiu sono e nem cansada. Seu sonho acordava, queria a ele dar bom dia, era ele realidade? Sabia que era e sentiu-se a pessoa mais feliz do mundo e quando a noite chegou, contou para a lua que não precisava se esconder dela.

E aqueles braços que hoje a abraçavam pareciam querer abraçar o mundo só para estar ao lado dela e ela carinhosamente aninhava-se no abraço, no perfume, naquele momento, via seu sonho se realizar todos os dias.

domingo, 16 de maio de 2010

Dois terços de loucura

Ideias antes inimaginaveis antes para ela, agora lhe pareciam possíveis.
"Não quero mais pensar tanto", dizia ela.
"Você deveria fazer algumas loucuras" ele respondia.

Logo ela que sempre teve tanto medo, desta vez não quis ter. Quis conhecer o que sempre lhe pareceu impossível, provar do que aprendeu ser probibido, queria ousar, ela quis sentir. Mas, o que sentia? Não sentia mais dores, suas magoas estavam curadas. Sentia ela sozinha ou haveria alguém junto dela? Lançou a pergunta aos quatro ventos e quem sabe obteria uma resposta.

Ligou o toca-discos colocando o seu favorito, pegou um bom livro e olhou pela janela. Chovia forte. Pensou em mil hipóteses. Deixou o livro de lado e começou a escrever. Escreveu tudo o que sentiu vontade. Falou sobre cores e sabores. Sobre seu dia, sobre o que lhe fazia rir. Sabia que chegaria ao destino certo.

Lembrou-se que não pode cometer qualquer loucura e pediu para ser avisada quando toda aquela confusão terminasse. Ela sabia de cada detalhe daquela história e de toda a confusão que não queria causar. Não queria fazer da sua brisa um furacão.

Mais sabia o que queria. Achou que deveria estar tudo errado, pensou no seu mundo de cabeça para baixo, mas, ela não achava isso. Não estava tão confusa. Ela conseguia compreender e sabia o porque de tudo isso. Não estava sentindo medo, não naquele momento. Teve a curiosidade de perguntar como seria, achou melhor não. Ele diria que ela estava se contradizendo, adorava dizer isso a ela.

E tentou todos os dias um jeito diferente de sorrir. E sentia que conseguia. Tinha uma promessa, não queria quebrá-la. Não sabia mais o que estava certo e o que era o errado.

sábado, 15 de maio de 2010

Sua pressa e sua prece.

É estranho, mais sei que alguém irá entender. Penso as vezes nas pessoas anônimas que resolvem aparecer. Nas aleatórias (principalmente nelas). Penso também em minhas mil e uma fases. Queria poder me fazer entender nesse momento. Quero poder ouvir uma musica ou ver um filme e me identificar com o personagem principal. Quero ser minha dor, minha alegria. Ser um sorriso, uma gota de chuva, quero entender o que é complexo e ver o que é simples. Quero saber dos porques. Quero ir além, quero me imaginar. Fazer de mim um oceano de possibilidades. Quero ver a vida nova que vou montar pra mim. Quero fazer tudo e o tudo é o nada. Ando sem pressa, pois quando a tive, ela não me levou a lugar algum. Não sei quem poderia me roubar essa estranha felicidade que tem me invadido. Quantas letras ou quantos filmes. E que dia pode acontecer. Não quero pensar, quero apenas viver.

domingo, 9 de maio de 2010

1 - Uma foto sua de que goste:

2 - Dedicar a 7 amigos (isso é muita coisa) para que respondam também:
não tenho amigos :( [que não tenham feito! hahaha]

3 - Fazer um pedido POSSÍVEL pra anjos da guarda pra amanhã:
Não precisa ser pra amanhã, mais um pouco de apoio não seria má idéia.

4 - 7 Filmes que eu veria de novo:
- Tristão e Isolda
- Se beber não case
- Piratas do Caribe [todos]
- Os sem floresta
- 10 coisas que eu odeio em você
- Inimigos Públicos
- O Diario de Bridget Jones

5 - 7 Desejos:
- Passar no vestibular
- Arrumar um emprego
- Ir para Nárnia [é o sonho de todos, eu sei!]
- Ir para a Austrália
- Rodar o mundo sem pressa
- Ir na FARM [loja cara de roupas legais] e fazer a festa *-*
- Ter minha própria livraria seria bacana!

6 - 7 Coisas que faço bem feitas [sério mesmo? ;~ ]
- Cantar
- Enganar a Marí [hahahah]
- Ler
- Física [vale isso?] ;)
- Dormir
aaacaaabou ;)

7 - 7 Coisas que não sei fazer
- Dirigir
- Desenhar
- Fingir
- Ter muita paciência
- Ficar brava por muito tempo
- Ser pró-ativa
- Tocar um instrumento [frustração total (n)]
8 - 7 Coisas que me atraem:
- Inteligência
- Música
- Certas amizades
- Certos lugares
- Certos perfumes
- Certos livros
- Cama e coberta [pura atração!]
9 - 7 coisas das quais me arrependo:
- De ouvir quieta certas coisas
- De não ter ido a lugares
- De não ter feito a minha vontade certas vezes
- De nunca ter comido manjar turco
- De ter feito burrices, enfim.
10 - 7 coisas que eu diria para alguém:
- é...
- meu, é tenso!
- é a unica cara que eu tenho
- será que chove?
- quer um abraço?
- quase morro de saudade
- oi, meu nome é Mayara!
aaai, essa irmãzinha!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Um delicioso conto de fadas.

E teve medo novamente. Medo de sentir-se só. Toda aquela multidão a assustava. Como se o vento pudesse machucá-la. Mais há algumas horas atrás havia decidido que não iria mais desistir. Que iria continuar, independente de tudo. Mas, o medo de não o fazer voltava a tomar conta, a invadir de um modo brutal. Tomou coragem e o enfrentou.

Ligou para velhos amigos, resolveram encontrar-se. Ela sabia que ele viria. E como numa novela abraçaram-se fortemente. Seu brinco enroscou no cachecol dele, então ela reparou nele como nunca havia feito antes. E naquele encontro de olhares, sentiu seu coração derreter, mais não queria ser notada. Teve medo de se ferir como havia sido na última vez. Porém, não deixou de sorrir. Seria mais oportuno.

E como quem não ligava, virou as costas e saiu a cantarolar uma bela canção tão baixinho que somente seu coração poderia ouvir. Mais sentia-se bem assim. Sentiu-se feliz. Como há muito tempo não havia se sentido.

Depois de dias, sentiu-se incomodada e lembrou-se daquele encontro. Daquela alegria que sabia que nunca mais sentiria. Ele era seu amor de infância. Faziam planos, iam se casar e teriam três filhos. Mais eles cresceram e suas vidas tomaram outros rumos. Ele agora era casado, porém, não era ela a sua princesa. Mais isso não lhe traziam dores, sabia que nunca iria acontecer. E naquela noite, ao encostar sua cabeça ao travesseiro dormiu tão tranquilamente, que quando acordou sentiu-se nova, sentia-se outra.

De manhã saiu para caminhar no parque. Assistia a sua vida e gostava muito do que via. Não se sentia mais tão sozinha. Sabia que tinha amigos, mesmo que fossem poucos. Sabia que poderia contar com eles a qualquer momento. E sentia-se tão feliz por não ter mais medo. Era isso agora um peso nulo em sua consciência.

Parou para descansar e acariciava sossegadamente o pelo de seu cachorro que sempre a acompanhava. Era um belo labrador, já tinha idade estavam juntos há um bom tempo. Mais ele lhe era muito fiel. Eram somente os dois em sua pequena casa. Eram um a família do outro e sentiam-se a família mais feliz do mundo, ela pensava. Ao chegar em casa, tomou seu banho e depois um rápido café. Sua deliciosa rotina a chamava.