terça-feira, 1 de junho de 2010

Dois sorrisos e quantas palavras?

O ponteiro chegava às 4 a.m. e ainda não conseguira dormir. Sentia algo diferente há algum tempo e excepcionalmente hoje teve medo de ficar sozinha, quis ter alguém ao seu lado, precisava de alguém.

Não sabia mais o que dizer e até o vento deixava-a sem graça, a noite estava fria e suas cobertas já não eram capazes de lhe aquecer. Depois de algumas noite juntas, até a lua parecia ter esquecido-se dela e toda essa solidão a fazia pensar. Pensava em quantos verbos ou simples palavras precisaria para se convencer das coisas que rondavam seus pensamentos . Queria ficar longe e tinha a chance de fazê-lo por quatro anos, porém, não se sentia capaz de fazê-lo. Sabia que sentiria falta de algumas coisas.

Não gostava muito de confusões, mais havia uma que chamava-lhe a atenção. Tinha tanto medo de perder a razão, mas, temia principalmente por perder aquele sorriso e sentia que aos poucos já estava o perdendo. Mais não sabia de quantas palavras precisaria para recuperá-lo, pensou se meia palavra não seria o suficiente, ou então, quanto tempo levaria. Só esperava que não fosse muito, suas opções estavam acabando, não sabia mais pra onde correr e já conseguia ver que não haveria mais espaços pra fugir.

Não sabia certamente do que tinha medo e nem sabia mais se realmente o tinha, só estava um pouco assustada, as circunstâncias a assustavam constantemente. E apesar de tudo seu coração estava sossegado, só um pouco ansioso.

Olhava para o relógio e já passavam de 4:30 a.m., o sono que demorou tanto para chegar esquentou-lhe o sangue e ela sentia seu coração gritar. Toda aquela situação deixava-a constrangida e tudo o que pensou nesse tempo pareceu sumir em sua mente, aninhou-se em sua cama fria e vazia e finalmente dormiu.

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