domingo, 16 de maio de 2010

Dois terços de loucura

Ideias antes inimaginaveis antes para ela, agora lhe pareciam possíveis.
"Não quero mais pensar tanto", dizia ela.
"Você deveria fazer algumas loucuras" ele respondia.

Logo ela que sempre teve tanto medo, desta vez não quis ter. Quis conhecer o que sempre lhe pareceu impossível, provar do que aprendeu ser probibido, queria ousar, ela quis sentir. Mas, o que sentia? Não sentia mais dores, suas magoas estavam curadas. Sentia ela sozinha ou haveria alguém junto dela? Lançou a pergunta aos quatro ventos e quem sabe obteria uma resposta.

Ligou o toca-discos colocando o seu favorito, pegou um bom livro e olhou pela janela. Chovia forte. Pensou em mil hipóteses. Deixou o livro de lado e começou a escrever. Escreveu tudo o que sentiu vontade. Falou sobre cores e sabores. Sobre seu dia, sobre o que lhe fazia rir. Sabia que chegaria ao destino certo.

Lembrou-se que não pode cometer qualquer loucura e pediu para ser avisada quando toda aquela confusão terminasse. Ela sabia de cada detalhe daquela história e de toda a confusão que não queria causar. Não queria fazer da sua brisa um furacão.

Mais sabia o que queria. Achou que deveria estar tudo errado, pensou no seu mundo de cabeça para baixo, mas, ela não achava isso. Não estava tão confusa. Ela conseguia compreender e sabia o porque de tudo isso. Não estava sentindo medo, não naquele momento. Teve a curiosidade de perguntar como seria, achou melhor não. Ele diria que ela estava se contradizendo, adorava dizer isso a ela.

E tentou todos os dias um jeito diferente de sorrir. E sentia que conseguia. Tinha uma promessa, não queria quebrá-la. Não sabia mais o que estava certo e o que era o errado.

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