sábado, 20 de outubro de 2012

Raincoat

Sempre prometendo que jamais permitiria que eu fosse me molhar, sempre cobrindo os meus ombros quando a água que caía tentava me impedir de continuar. Mas os pés estavam sempre descobertos, sempre molhados, úmidos, frios, minhas botas ensopadas. Porém, você sempre me ajudou. Até que desgastou, furou, rasgou. Tive que comprar um guarda-chuva e te deixei em um canto, pois não quis lhe abandonar tão cedo. Tentei consertar seus buracos, tentei remendar, improvisei. Não dá para dizer que ficou bom, mas foi o que consegui fazer por nós. Mas sempre me senti uma boba usando aquele guarda-chuva idiota, que só sabia voar das minhas mãos. Quero minha boa e velha capa de chuva de volta.

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