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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Soneto de fraternidade

o coração parou
a razão pirou
fez na mente uma bagunça
fez da gente desalinho

mas a gente não vê
quando viu, passou
quando quis, já acabou
quando achou o tom, desafinou

achou estar confusa
na verdade não estava
era mesmo a convicção

achou que sentiu
honestamente, se enganou
era só a primavera

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Bem-me-quer(o)

Era pouca estrutura em suas muitas certezas ou será que era ao contrário? Quando acordou sentiu-se capaz de firmar seus pés em uma corda bamba. Usava seu português (denominado por amigos como o "politicamente correto") para cumprimentar quem cruzava seu caminho, isso lhe surpreendia, não era algo que costumava fazer. Uma onda insegura de certezas rodeava seus pensamentos.

Parecia naquela manhã ter a absoluta certeza de tudo o que iria fazer e o fez com muita segurança. Sabia que precisava de mais dias como esses, em que tudo parecia dar certo, em que seu coração parecia estar certo e não mais quebradiço como na noite passada.

Não procurava ajuda. Hoje não seria necessário. O caso era sempre o mesmo e quase todos os dias resolvidos da mesma forma. Em suas prateleiras não faltavam barras de chocolate. O que antes lhe era angustiante, hoje era rotineiro e tranquilizador. O que machucava seu peito e perturbava seu sono, hoje lhe abria a mente. E a unica saudade que sentia naquele momento era de seu gato que havia fugido.

Encaixava-se nessa história, encaixava-se em sua vida. Nunca soube como e nem quando. só soube da falta que fez.

Pode o tempo passar e você até me odiar, mas, eu só sei bem me querer.