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sábado, 31 de julho de 2010

Solstícios de solidão

Em pensar que não seguia o conselho que sua amiga lhe dava todas as noites.
Em pensar que deixara sua vida de lado por alguns dias, que esquecia-se dela, de vivê-la.
Em pensar que a insanidade batia a sua porta incessantemente, que seus dias contados eram, que seus amigos lhe deixavam.
Em pensar no passado e presente, temeu pelo futuro.
Em pensar na sua rotina, teve medo de quebrá-la.
Em pensar no sol, teve medo de que ele nunca mais brilhasse.
Em pensar na sua vida, teve medo de vivê-la.
Em pensar no medo, fugiu.
Até o dia em que sua fuga, seria outra vida, outra luta, outro amor.

Depois da fuga, veio o refúgio.
Depois da fuga, seus amigos voltaram.
Depois da fuga, reiventou-se.
Depois da fuga, viveu.
Depois da fuga, não sentiu medo.
Depois da fuga, o sol brilhou.
Depois da fuga, o amor brotou.
Depois da fuga, a solidão nunca mais lhe incomodou.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Dois sorrisos e quantas palavras?

O ponteiro chegava às 4 a.m. e ainda não conseguira dormir. Sentia algo diferente há algum tempo e excepcionalmente hoje teve medo de ficar sozinha, quis ter alguém ao seu lado, precisava de alguém.

Não sabia mais o que dizer e até o vento deixava-a sem graça, a noite estava fria e suas cobertas já não eram capazes de lhe aquecer. Depois de algumas noite juntas, até a lua parecia ter esquecido-se dela e toda essa solidão a fazia pensar. Pensava em quantos verbos ou simples palavras precisaria para se convencer das coisas que rondavam seus pensamentos . Queria ficar longe e tinha a chance de fazê-lo por quatro anos, porém, não se sentia capaz de fazê-lo. Sabia que sentiria falta de algumas coisas.

Não gostava muito de confusões, mais havia uma que chamava-lhe a atenção. Tinha tanto medo de perder a razão, mas, temia principalmente por perder aquele sorriso e sentia que aos poucos já estava o perdendo. Mais não sabia de quantas palavras precisaria para recuperá-lo, pensou se meia palavra não seria o suficiente, ou então, quanto tempo levaria. Só esperava que não fosse muito, suas opções estavam acabando, não sabia mais pra onde correr e já conseguia ver que não haveria mais espaços pra fugir.

Não sabia certamente do que tinha medo e nem sabia mais se realmente o tinha, só estava um pouco assustada, as circunstâncias a assustavam constantemente. E apesar de tudo seu coração estava sossegado, só um pouco ansioso.

Olhava para o relógio e já passavam de 4:30 a.m., o sono que demorou tanto para chegar esquentou-lhe o sangue e ela sentia seu coração gritar. Toda aquela situação deixava-a constrangida e tudo o que pensou nesse tempo pareceu sumir em sua mente, aninhou-se em sua cama fria e vazia e finalmente dormiu.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Last night I dreamt that I was you.

Me sinto viva. Sinto meu coração bater, meu sangue correr. Sinto a chuva, sinto o vento. Sinto a calma, sinto o desespero. Sinto medo. Medo do presente, do futuro. Medo de que nada de certo, que meus planos furem novamente. Estou tão cansada de sentir medo. Me sinto bem quando minha insegurança não me toma por completo. É realmente difícil como faço parecer. Ninguém entende e ninguém quer entender. Queria poder ver as folhas cairem, em que estação estamos? Já não sei diferenciar os ventos.

Sonhos. São tão irreais quanto se possa imaginar. Nunca quis tanto não sonhar. Sonhar com coisas que já aconteceram ou que você não deveria querer. O sonho dá uma esperança inexistente, de algo que nunca vai acontecer, que é um sonho. Bom é aquele que mesmo sonhando se mantém acordado.

Preciso acordar, não passou de um sonho.



"Há uma semana atrás tentei te dizer
Todas as verdades que tentei esconder
Não suportava mais
E não ia adiantar eu falar
E a saída agora é me convencer
Que ao teu lado não iria mais ter
Motivos ou razões
Pra tentar continuar a viver."
{Dilema - Vivendo do Ócio}