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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Soneto de fraternidade

o coração parou
a razão pirou
fez na mente uma bagunça
fez da gente desalinho

mas a gente não vê
quando viu, passou
quando quis, já acabou
quando achou o tom, desafinou

achou estar confusa
na verdade não estava
era mesmo a convicção

achou que sentiu
honestamente, se enganou
era só a primavera

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Lembranças de um passado próximo.

Hoje talvez seja um dos melhores dias do meu ano, não só pelas circunstâncias do dia, mas também porque foi hoje que eu parei e diz um "remember". É certo que ainda falta praticamente um mês para que 2010 termine, mas para mim ele já acabou. Acabou porque talvez eu não tenha mais ambições para esse último mês. Mas olhando para trás eu vejo um ano que teve tudo para dar certo, em absolutamente todos os aspectos. Apesar de ter me mostrado conseguir ser muito mais fria do que imaginava na questão sentimental, a primavera trouxe consigo novos ventos, desmoronando toda a fortaleza que eu já tinha construído a minha volta e mostrando para mim um lado que eu jamais veria sozinha.

Um ano cheio de ausências minhas e de novas presenças que mostraram-se de forma surpreendente sua grande importância para que o meu ano fosse perfeito. E lá sempre muito presente, aquela pequena gigante que em muitos momentos (e no principal deles) deu sempre muita força para mim, me aturando talvez em muitos dos meus dias ruins (que não foram poucos) sempre sem falar nada que talvez me afligisse mais. Foi com você amiga, que talvez que tenha passado os melhores e mais engraçados dias deste ano (E deu nó na garganta ao falar de você! E eu te desejo muita, muita sorte mesmo. Sempre!).

E o que seria do meu ano se eu não tivesse sempre comigo uma apostila? Acho que se eu pudesse dizer um lugar em que eu mais fiquei nesse ano foi no Dom Bosco e, eu não seria capaz de dizer que tal investimento foi inútil, porque só eu sei o quão útil foi para mim. Desapontamentos à parte, 2010 foi o ano em que eu consegui me encontrar e ver em mim tudo aquilo que eu não conseguiria levar a diante. Eu consegui fixar o que é meu exatamente onde eu quis e agora eu diria que só faltam dois lugares onde eu gostaria de chegar e ainda não cheguei, mas eu vou lutar por eles e não vou esquecer assim tão fácil.

Enfim, eu gostaria de agradecer a aqueles que deixaram um pouquinho de si em mim e vale ressaltar que as noites mal dormidas, a má alimentação, o nervosismo, a ansiedade e eu não poderia me esquecer é claro, da cerveja gelada no Largo, valeram a pena cada segundo e, eu repetiria muitas coisas se fosse para estar com vocês.

(Texto redigido em 03/12/2010)

sábado, 15 de maio de 2010

Sua pressa e sua prece.

É estranho, mais sei que alguém irá entender. Penso as vezes nas pessoas anônimas que resolvem aparecer. Nas aleatórias (principalmente nelas). Penso também em minhas mil e uma fases. Queria poder me fazer entender nesse momento. Quero poder ouvir uma musica ou ver um filme e me identificar com o personagem principal. Quero ser minha dor, minha alegria. Ser um sorriso, uma gota de chuva, quero entender o que é complexo e ver o que é simples. Quero saber dos porques. Quero ir além, quero me imaginar. Fazer de mim um oceano de possibilidades. Quero ver a vida nova que vou montar pra mim. Quero fazer tudo e o tudo é o nada. Ando sem pressa, pois quando a tive, ela não me levou a lugar algum. Não sei quem poderia me roubar essa estranha felicidade que tem me invadido. Quantas letras ou quantos filmes. E que dia pode acontecer. Não quero pensar, quero apenas viver.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Um delicioso conto de fadas.

E teve medo novamente. Medo de sentir-se só. Toda aquela multidão a assustava. Como se o vento pudesse machucá-la. Mais há algumas horas atrás havia decidido que não iria mais desistir. Que iria continuar, independente de tudo. Mas, o medo de não o fazer voltava a tomar conta, a invadir de um modo brutal. Tomou coragem e o enfrentou.

Ligou para velhos amigos, resolveram encontrar-se. Ela sabia que ele viria. E como numa novela abraçaram-se fortemente. Seu brinco enroscou no cachecol dele, então ela reparou nele como nunca havia feito antes. E naquele encontro de olhares, sentiu seu coração derreter, mais não queria ser notada. Teve medo de se ferir como havia sido na última vez. Porém, não deixou de sorrir. Seria mais oportuno.

E como quem não ligava, virou as costas e saiu a cantarolar uma bela canção tão baixinho que somente seu coração poderia ouvir. Mais sentia-se bem assim. Sentiu-se feliz. Como há muito tempo não havia se sentido.

Depois de dias, sentiu-se incomodada e lembrou-se daquele encontro. Daquela alegria que sabia que nunca mais sentiria. Ele era seu amor de infância. Faziam planos, iam se casar e teriam três filhos. Mais eles cresceram e suas vidas tomaram outros rumos. Ele agora era casado, porém, não era ela a sua princesa. Mais isso não lhe traziam dores, sabia que nunca iria acontecer. E naquela noite, ao encostar sua cabeça ao travesseiro dormiu tão tranquilamente, que quando acordou sentiu-se nova, sentia-se outra.

De manhã saiu para caminhar no parque. Assistia a sua vida e gostava muito do que via. Não se sentia mais tão sozinha. Sabia que tinha amigos, mesmo que fossem poucos. Sabia que poderia contar com eles a qualquer momento. E sentia-se tão feliz por não ter mais medo. Era isso agora um peso nulo em sua consciência.

Parou para descansar e acariciava sossegadamente o pelo de seu cachorro que sempre a acompanhava. Era um belo labrador, já tinha idade estavam juntos há um bom tempo. Mais ele lhe era muito fiel. Eram somente os dois em sua pequena casa. Eram um a família do outro e sentiam-se a família mais feliz do mundo, ela pensava. Ao chegar em casa, tomou seu banho e depois um rápido café. Sua deliciosa rotina a chamava.