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sábado, 10 de julho de 2010

Mudanças no andar de cima.

Pelo que os fatos apontavam ela terminaria novamente sozinha. Ligava para isso? Tudo acabaria com ambos magoados. Isso importava? Sim, isso importava para ela. Pela primeira vez teve certeza do que não queria. A história se repetia, nos mesmos passos, pelo mesmo caminho.

As palavras, sempre tão repetidas. Os risos, sempre tão falsos. A única coisa que havia mudado era o seu endereço. E de resto... Nem seu carrocho queria mais ver a sua cara. Seus gostos, sabores, cheiros, tudo parecia ter mudado. Mas, havia mesmo mudado ou, era apenas a impressão que ela tinha? Seus erros, sempre corrigidos pelo Word hoje não eram listados. Suas roupas sempre tão irregulares.

O barulho constante do andar de cima ecoava e, a cada minuto parecia piorar. Até quando toda aquela mudança continuaria? Parecia que já durava semanas. Ao olhar apressadamente o relógio assustou-se ao ver que já passavam das 09:30 hrs. Desceu correndo as escadas, novamente atrasada. Mais uma história sem fim estava por começar.


"Quando foi que você mudou tanto?" - Ele perguntava
"Eu não sei... só sei que não me sinto a mesma há algum tempo" - Respondia docemente.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Um bilhete.

Era uma noite fria.
Porém, seus pés sempre tão gelados, hoje estavam quentes como nunca estiveram antes.
Alguém fazia dela inspiração e poesia naquela noite.

E a conspiração não parava. O vento deixava-a agitada. Não sabia exatamente o que estava acontecendo, quando foi que deixou de aparecer em sua vida? Há quanto tempo havia se mudado? Quem estava no seu lugar?

Suas dúvidas eram desafiadas por outra pessoa. Mas, quem estava desafiando-a? Sem notar, perdia-se em seus pensamentos. A única coisa que se lembrava, era que seus pés estavam quentes. Alguém morava com ela. Mas, como nunca notou ninguém diferente? Tentava em vão lembrar-se de quanto tempo havia desaparecido. Olhava-se no espelho e pensava intensamente, revirava sua mente a procura de respostas.

Voltou pra cama, frustrada. Surpreendeu-se ao ver um bilhete em um cômodo que dizia: "Bom dia meu amor. Que tal almoçarmos juntos hoje? Te espero no seu restaurante favorito ao meio-dia. Eu te amo"
Espantada, sentou-se. O que mais havia perdido? Foi encontrá-lo pra ver. Não surpreendeu-se ao ver qual era o sorriso que lhe esperava, sentado naquele mesmo banco de anos atrás.

Satisfatoriamente, sorriu, abraçou-o e beijou-o como se nunca o tivesse feito e lhe disse com um sorriso no rosto: "Senti sua falta e também te amo".