Mostrando postagens com marcador amores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amores. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Verão, carinho e coração.

Haviam tantos quadros expostos naquela sala, mostravam toda a vida mísera que levara até aquele dia cinzento. Porém, havia na sala ao lado quadros tão coloridos que nem pareciam ser seus, com cores tão vivas que nem pareciam pertencer a sua paleta. Tantos sorrisos, tanta paixão naquelas molduras. Desde quando aquele sorriso era seu? Lembrou-se de alguém chegando, camisa branca, calça jeans, um tênis bonito e um sorriso esplêndido. Foi assim, dessa forma calma e tão perturbadora que ele tinha ganhado o coração daquela menina. Fazia dela carinho e dele coração. Se ainda não sabia ainda o que fazer, descobriu no momento em que viu aqueles quadros. Sabia agora para onde e com quem ir, o verão tinha chegado.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Da ansiedade ao não.

O que acontecia? Passou a gostar daqueles dias nervosos, toda aquela angústia e ansiedade a deixava com um pouco de esperança. Se sentia tão boba. Temia por essa esperança, não queria que acabasse, mas, não via a hora de colocar um fim em tudo isso.


Ele lhe sorrira, ela desviou o olhar. Não queria dar-lhe a chance de ver em seus olhos o sorriso mais feliz do mundo. Até o dia em que seus olhos se encontrariam e, com um simples "Oi" ela apostaria todas as suas fichas. 


O tempo passava e aquele jogo parecia ter chegado ao fim. Ela acreditava ter perdido. Frustrou-se. Mas, ele nunca deixou de olhar para ela. Nem que fosse no canto dos olhos, seu olhar sempre procurava pelo dela. Ela não sabia e também não entendia o que ele estava pensando naquele momento e nem antes dele.


E, acabou descobrindo que um dia ela quis entendê-lo, ela quis tê-lo. Hoje, já não sabia mais o que queria.


(Texto inspirado em um amor que nunca teve forças para existir.)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ever (!)

"Seus olhos... ficam ainda mais lindos combinados com a luz do sol"

Sentiu seu rosto corar, não sabia se lhe sorria em troca ou se escondia-se de vergonha.
Era ele a pessoa mais carinhosa nas últimas semanas. Parecia realmente importar-se com ela e, todos os dias ligava preocupado em saber como havia sido o seu dia, se estava bem e se havia pensado nele. Trazia-lhe flores roubadas, faziam coisas que antes pareciam ser impossíveis para ela, enchia seu dia de abraços. Queria estar com ela, queria fazer seu coração bater aceleradamente. No começo confessou assustar-se, simplismente por não estar acostumada com tal cuidado. Mas, quando acostumada sentia-se terrivelmente ansiosa esperando o telefone tocar.

E ali, sentados sob a luz do sol trocaram pares acumulados de palavras. Queria que aquele momento durasse para sempre. Ele mudou seus conceitos sobre tudo. Fez dela amor, abraços e sorrisos.

E o amor? Sabia que podia permitir-se.
E as cores? Seriam flores, perfumes, sabores.
E o rock? Já tocava na vitrola, era para eles trilha sonora.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Um bilhete.

Era uma noite fria.
Porém, seus pés sempre tão gelados, hoje estavam quentes como nunca estiveram antes.
Alguém fazia dela inspiração e poesia naquela noite.

E a conspiração não parava. O vento deixava-a agitada. Não sabia exatamente o que estava acontecendo, quando foi que deixou de aparecer em sua vida? Há quanto tempo havia se mudado? Quem estava no seu lugar?

Suas dúvidas eram desafiadas por outra pessoa. Mas, quem estava desafiando-a? Sem notar, perdia-se em seus pensamentos. A única coisa que se lembrava, era que seus pés estavam quentes. Alguém morava com ela. Mas, como nunca notou ninguém diferente? Tentava em vão lembrar-se de quanto tempo havia desaparecido. Olhava-se no espelho e pensava intensamente, revirava sua mente a procura de respostas.

Voltou pra cama, frustrada. Surpreendeu-se ao ver um bilhete em um cômodo que dizia: "Bom dia meu amor. Que tal almoçarmos juntos hoje? Te espero no seu restaurante favorito ao meio-dia. Eu te amo"
Espantada, sentou-se. O que mais havia perdido? Foi encontrá-lo pra ver. Não surpreendeu-se ao ver qual era o sorriso que lhe esperava, sentado naquele mesmo banco de anos atrás.

Satisfatoriamente, sorriu, abraçou-o e beijou-o como se nunca o tivesse feito e lhe disse com um sorriso no rosto: "Senti sua falta e também te amo".

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sobre seu sorriso e suas listras.

Abriu seu guarda-roupas, pegou a primeira blusa que viu e vestiu-se rapidamente. E quando deparou-se em frente ao espelho, vestia exatamente sua blusa listrada favorita. Todos achavam ela esquisita, suas roupas, sempre tão escuras, listradas ou um bonito xadrez, só que naquele dia sentia-se tão bem, pouco importava. Seu sorriso, sempre tão escondido, hoje estava radiante.

Julho estava apenas começando. Já ouviam-se rumores, ela nunca os confirmava, apenas, balançando a cabeça dizia que não. Mal sabia que do outro lado da cidade um sorriso também havia mudado. Não combinavam em nada, mais ela não ligava mais para isso.

Seria o acaso ou ela realmente havia percebido a blusa que tinha pego? Não sabia, era a sua preferida. Sorria, o tempo passava devagar quando ela conseguia sorrir.

sábado, 22 de maio de 2010

Ou a luz da lua.

Queria poder compatilhar e hoje ela sabia que tinha alguém para isso. Sabia que seu sorriso seria acolhido. Diferentemente de ontem, ou até mesmo muito antes. De todos os sabores e todas as delícias que já havia provado aquele momento parecia para ela tão único e sentia que se quisesse, poderia até parar o tempo.

Sentia inveja da lua, que via tantos amores. Sabia que o seu não poderia ser compartilhado com ela, queria tanto que isso fosse possível. Mais, hoje a sua alegria era tanta que havia até se esquecido disso. Tinha tido outro daqueles sonhos e queria poder gritar para todos que estava prestes a acontecer, só que não poderia.

Sentou-se na janela, ficou a olhar o tempo passar. Viu o nascente e não muito tempo depois o poente. O tempo passava tão rápido para ela, queria poder aproveitá-lo melhor, só não tinha tempo para isso. Achou seu velho diário, decidiu que voltaria a escrever nele de hoje em diante. Depois de algumas horas sentada ali, via o sol dando seu bom dia ao hemisfério sul, haveria ela ficado durante um dia sentada ou estava sonhando? Não sentiu sono e nem cansada. Seu sonho acordava, queria a ele dar bom dia, era ele realidade? Sabia que era e sentiu-se a pessoa mais feliz do mundo e quando a noite chegou, contou para a lua que não precisava se esconder dela.

E aqueles braços que hoje a abraçavam pareciam querer abraçar o mundo só para estar ao lado dela e ela carinhosamente aninhava-se no abraço, no perfume, naquele momento, via seu sonho se realizar todos os dias.